Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

V. 14 N. 36 Set./Dez. 2021

PASTOR NA URNA: O PERFIL DOS SACERDOTES EVANGÉLICOS EM DISPUTA À CÂMARA DOS DEPUTADOS (1998-2018)

DOI
https://doi.org/10.51206/elegis.v14i36.684
Enviado
março 5, 2021
Publicado
2021-11-03

Resumo

O artigo analisa as candidaturas a deputado federal que utilizaram o título de pastor na urna eletrônica entre as eleições de 1998 e 2018. O objetivo é verificar o perfil social e a preferência partidária dos sacerdotes evangélicos. Trabalhamos com duas hipóteses. A primeira considera que a principal profissão declarada é o próprio sacerdócio e que a maior parte deles não tenha ensino superior. A segunda faz referência a defesa de valores morais conservadores feitas por grande parte desse segmento. Assim, acreditamos que a ideologia predominante seja de direita. Os resultados apontam que a maior parte dos pastores são homens, casados, sem formação superior e com ocupações profissionais alheias ao sacerdócio. A ideologia predominante é de direita, mas os grandes partidos estão perdendo espaço para as pequenas agremiações confessionais e fisiológicas.

Referências

  1. ALVES, José Eustáquio Diniz. O voto evangélico garantiu a eleição de Jair Bolsonaro. EcoDebate, 2018.
  2. ALVES, José Eustáquio et al. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil. Tempo Social, v. 29, n. 2, p. 215-242, 2017.
  3. BERLATTO, Fábia; CODATO, Adriano; BOLOGNESI, Bruno. Da polí­cia í polí­tica: explicando o perfil dos candidatos das forças repressivas de Estado í Câmara dos Deputados. Revista Brasileira de Ciência Polí­tica, n. 21, p. 77-120, 2016.
  4. BOHN, Simone R. Evangélicos no Brasil: perfil socioeconômico, afinidades ideológicas e determinantes do comportamento eleitoral. Opinião Pública, v. 10, n. 2, p. 288-338, 2004.
  5. BORGES, Tiago Daher Padovezi. Representação partidária e a presença dos evangélicos na polí­tica brasileira. 2007. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
  6. BRASIL. Resolução nº. 23.455, de 15 de dezembro de 2015. Dispõe sobre a escolha e o registro dos candidatos nas eleições de 2016. Brasí­lia, DF, dez. 2015.
  7. CAMPOS, Leonildo Silveira. Os polí­ticos de Cristo: uma análise do comportamento polí­tico de protestantes históricos e pentecostais no Brasil. Os votos de Deus: evangélicos, polí­tica e eleições no Brasil. Recife: Massangana, p. 29-89, 2006.
  8. CODATO, Adriano; BERLATTO, Fábia; BOLOGNESI, Bruno. Tipologia dos polí­ticos de direita no Brasil. Análise Social, v. 53, n. 229 (4, p. 870-897, 2018.
  9. COPPEDGE, Michael. A classification of Latin American political parties. 1997.
  10. DUVERGER, Maurice. Os Partidos Politicos. Brasí­lia: Editora UnB, 1980.
  11. FERNANDES, Rubem César. Novo nascimento: os evangélicos em casa, na igreja e na polí­tica. Mauad Editora Ltda, 1998.
  12. FONSECA, Alexandre Brasil. Surge uma nova força polí­tica: A Igreja Universal do Reino de Deus nas eleições de 1994. Rio de Janeiro: mimeo, 1996.
  13. FRESTON, Paul. "Neo-pentecostalism" in Brazil: Problems of Definition and the Struggle for Hegemony. Archives de sciences sociales des religions, p. 145-162, 1999.
  14. FRESTON, Paul. Evangelical christianity and democracy in Latin America. Oxford University Press, 2008.
  15. GERARDI, Dirceu André. Parlamentares evangélicos no Brasil: perfil de candidatos e eleitos a deputado federal (1998-2014). Observatório de Elites Polí­ticas e Sociais do Brasil, v. 3, n. 14, p. 1-18, 2016.
  16. GONÇALVES, Rafael Bruno. Bancada evangélica?: uma análise do discurso parlamentar evangélico durante a 52ª Legislatura da Câmara Federal. 2011. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Pelotas.
  17. KIRCHHEIMER, Otto. A transformação dos sistemas partidários da Europa Ocidental. Revista Brasileira de Ciência Polí­tica, n. 7, p. 349-385, 2012.
  18. ORO, Ari Pedro. A polí­tica da Igreja Universal e seus reflexos nos campos religioso e polí­tico brasileiros. Revista brasileira de ciências sociais, v. 18, n. 53, p. 53-69, 2003.
  19. MALFATTI, Selvino Antonio. A democracia cristã como opção aos totalitarismos europeus. Revista Estudos Filosóficos, n. 9, 2017.
  20. LACERDA, Fabio. Evangelicals, pentecostals and political representation in Brazilian legislative elections (1998-2010). Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 93, 2017.
  21. MARIANO, Ricardo. Expansão pentecostal no Brasil: o caso da Igreja Universal. Estudos avançados, v. 18, n. 52, p. 121-138, 2004.
  22. MACHADO, Maria das Dores Campos. Pentecostais, sexualidade e famí­lia no Congresso Nacional. Horizontes Antropológicos, n. 47, p. 351-380, 2017.
  23. MACHADO, Maria das Dores Campos. Evangélicos e as eleições de 2002 no Rio de Janeiro: as disputas pelo poder legislativo em perspectiva. Os Votos de Deus: Evangélicos, polí­tica e eleições no Brasil, Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Editora Massangana, p. 91-117, 2005.
  24. PANEBIANCO, Angelo; DE PARTIDO, Modelos. Organização e poder nos partidos polí­ticos. São Paulo, 2005.
  25. PRANDI, Reginaldo; SANTOS, Renan William. Who is afraid of the Evangelical Bench? Positions of Brazilian voters, congressmen and the Evangelical Bench about morality and politics. Tempo Social, v. 29, n. 2, p. 187, 2017.
  26. QUADROS, Marcos Paulo dos Reis; MADEIRA, Rafael Machado. Fim da direita envergonhada? Atuação da bancada evangélica e da bancada da bala e os caminhos da representação do conservadorismo no Brasil. Opinião Pública, v. 24, n. 3, p. 486-522, 2018.
  27. ROCHA, Shirlene Aparecida., SANTOS, Andreza Marcião. Nome de urna: estratégias linguí­sticas para angariar votos. Colineares, v. 6, n. 1, p. 71-85, 2019.
  28. SANTOS, Rayani Mariano. A mobilização de questões de gênero e sexualidade e o fortalecimento da direita no Brasil. Agenda Polí­tica, v. 8, n. 1, p. 50-77, 2020.
  29. SILVA, Victor Augusto Araújo. Grupos suprapartidários no Congresso brasileiro: uma análise da Frente Parlamentar Evangélica. Revista Três Pontos, 2012.
  30. SILVA, Fabio Lacerda. Apóstolos, Bispos e Pastores: as candidaturas evangélicas para o legislativo no Brasil (1998-2014). V Seminário Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Polí­tica da USP, São Paulo, SP, 2015.
  31. SILVA, Hélerson. Os novos atores "evangélicos" e a conquista do espaço público na América Latina. Reflexão, v. 43, n. 2, p. 243-263, 2019.
  32. SOARES, Paola Santos Lima. O aumento da inclusão de postos e graduações militares em nomes de urna como um indicador de mudanças no imaginário social brasileiro. Revista GTLex, v. 3, n. 1, p. 169-182, 2017.