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Editorial

V. 10 Número Especial – Pesquisas e Polí­ticas sobre Esporte

Editorial

DOI
https://doi.org/10.51206/e-legis.v10i0.382
Enviado
novembro 28, 2017
Publicado
2017-12-05

Resumo

Promover o desenvolvimento cientí­fico da área do esporte no Brasil foi o balizador para a proposta de desenvolvimento do projeto Concurso de Artigos Cientí­ficos da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados. E, cremos, alcançamos um ótimo resultado!

A chamada de trabalhos realizada em setembro de 2017 foi bem acolhida pela comunidade acadêmica, e 23 candidatos apresentaram trabalhos de alta qualificação técnica distribuí­dos entre os temas de interesse desta versão do certame: 7 trabalhos no tema "esporte e educação", 4 trabalhos em "esporte e saúde" e 12 artigos em "esporte de alto rendimento". Este é o tema do relato de experiência – A experiência do primeiro concurso de artigos da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, trabalho que narra o objetivo do concurso, sua motivação e aponta os principais indicadores desta primeira versão do certame, elaborado por Roberto Campos da Rocha Miranda e Lindberg Aziz Cury Júnior.

Na sequência, graças à colaboração de avaliadores respeitáveis e de notório conhecimento na área do esporte, foi possí­vel definir os vencedores das três categorias do concurso, que ora apresentamos.

Abrindo o número da publicação dos artigos, tratamos dos vencedores no tema Esporte e Educação. O trabalho de José Manoel Montanha da Silveira Soares, "Os planos plurianuais (PPA) do governo federal 2008-2015 para o esporte e o lazer: a "fratura esportiva" no PELC", traz relevante contribuição para a área do esporte ao comprovar "a falta de continuidade e de consistência tanto na distribuição dos recursos para o Programa de Esporte e Lazer da Cidade – PELC, como na instabilidade no padrão de seu financiamento". O estudo mereceu medalha de ouro por abordar polí­tica públicas de esporte em sua profundidade. Na sequência, André Luí­s Normanton Beltrame, medalha de prata no tema, apresenta, por meio de uma abordagem qualitativa e descritiva, a visão de professores e coordenadores de regiões administrativas diversas do Distrito Federal quanto à relação esporte-educação-participação no artigo "O esporte na escola inclusiva: problematizando a questão da competição e participação no itinerário de um projeto esportivo". A medalha de bronze no tema esporte e educação foi para o artigo "Relação entre gestão, mudança de governo, efetividade e continuidade dos projetos esportivos sociais", que tem por objeto o programa de governo "Segundo Tempo" e avalia a influência das variáveis gestão financeira, mudança de governo e efetividade na continuidade de polí­ticas públicas do esporte. Júnio Braga Borges Silva conclui em seu estudo que o programa se mantém por sua importância pedagógica e seu valor social.

Dando sequência à publicação com o tema Esporte e Saúde, a medalha de ouro foi para o trabalho "Incidência de lesões em atletas praticantes do futsal na cidade de Morro do Chapéu – PI", no qual Thiago Magalhães Pontes comprova que as lesões musculoesqueléticas são as mais comuns entre atletas amadores de futsal. Bruna Freitas dos Santos traz, em seguida, a discussão sobre a "Influência de um programa de treinamento de aquathlon sobre a coordenação motora de crianças", indicando, por um estudo solidamente fundado em experimento com jovens de 11 anos, que o treinamento do aquathlon influencia no nado, mas não na corrida ou na coordenação motora dos atletas. Fechando o tema esporte e saúde, a medalha de prata é conferida ao trabalho "Uso de esteroides anabolizantes e similares: um problema social e de saúde pública", que aborda com propriedade a epidemia do uso indiscriminado de anabolizantes e as implicações dessa prática na saúde pública. O médico Clayton Luiz Dornelles Macedo, que lidera o grupo de estudo, utiliza o programa Apolo (#BombaTôFora) para mostrar ações pragmáticas de prevenção, atendimento e reabilitação de indiví­duos que se valem de esteroides anabolizantes e similares.

O bloco que fecha o número é o do tema Esporte de Alto Rendimento. No artigo "Mecanismos alternativos de financiamento para o esporte de alto rendimento no Brasil", que leva a medalha de ouro, o autor, Rene Vinicius Donnangelo Fender, avalia comparativamente mecanismos alternativos de financiamento do esporte entre cinco paí­ses: Argentina, Colômbia, Costa Rica, Bolí­via e Peru. Os resultados indicam que as sobretaxas e percentual de tributos sobre produtos e serviços que gerem dano a saúde são os principais meios de financiamento alternativo ao repasse direto de verbas do governo para o esporte. A medalha de prata no tema vai para o artigo de Bruno Ferrari Silva, que conclui: "A prova de 100 metros nado livre, mesmo realizada em velocidade submáxima, apresenta indí­cios de queda nos preditores de desempenho", no artigo intitulado "Correlação entre os preditores de desempenho em nadadores universitários em protocolos de teste de 100 metros nado livre". Finalizando, a medalha de bronze no tema esporte de alto rendimento foi para o artigo "modelo de previsão de desempenho de triatletas com a utilização da análise discriminante", de Domingos Rodrigues Pandeló Júnior, que aponta a relevância de modelo de previsão de talentos, com base em variáveis antropométricas, fisiológicas e de treinamento para identificar atletas de alto rendimento.

Acreditamos que, dessa forma, incentivando a realização de estudos cientí­ficos voltados para o esporte, podemos contribuir para o desenvolvimento da ciência desportina no paí­s. O concurso veio para ficar, e a Comissão do Esporte vai aprimorar sua realização cada vez mais.

Boa leitura!

Deputado EZEQUIEL TEIXEIRA

Presidente da Comissão do Esporte